domingo, 14 de outubro de 2012

Uma reflexão sobre liderança...


Líder: é todo aquele que exerce influência sobre outra pessoa.


O que é verdade na verdade. Todos nós influenciamos alguém de alguma forma, seja na formação da personalidade ou nas escolhas, seja até mesmo nas ações.  Muitas das escolhas que a gente toma no dia a dia, é, muitas vezes, com base em conselhos que pedimos e recebemos. O que seria uma forma de exercer influência sobre uma outra pessoa.
Nós muitas vezes não sabemos o que fazer quando recorremos ao conselho, ou quando pedimos uma opinião. Cuidado com os conselhos, mas seja paciente com aqueles que os oferecem. Conselho é uma forma de nostalgia. Compartilhar conselhos é um jeito de pescar o passado do lixo, esfregá-lo, repintar as partes feias e reciclar tudo por mais do que vale. E cuidado para quem você pede os mesmo, se a pessoa tem uma vida conflitada, de que adianta pedir um conselho à ela, sendo que ela pode acabar por lhe tumultuar ainda mais; mas de como e o por quê influenciamos alguém?
Os fatores são muitos, talvez até mesmo incontáveis.Talvez um deles seja por que muitas pessoas estejam perdidas hoje na vida delas, não sabem para onde ir, nem o que fazer.

Shakespeare disse:
"não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve."


Tem uma frase curiosa no livro O Retrato de Dorian Gray  de Oscar Wilde em que Lorde Henry fala para Dorian, que é mais ou menos assim:
"não existe boa influência...toda influência é má!
Pois quando você influencia uma pessoa você está desviando-a de sua natureza original."

Eu acredito que Henry, tinha medo de assumir as consequências que seus conselhos poderiam causar, de forma consciente claro. Mas ele sabia lá no fundo que influenciava o joven Dorian. Mas ele não queria se tornar responsável pelos atos do jovem, quando na verdade ele sempre foi responsável pela sucessão dos fatos que se sucedeu e por todas as ações que ele viria a praticar.
Dorian antes de conhecer Lord Henry era descrito como um homem puro e ingênuo. Talvez se ele não fosse influenciado por Henry, a vida dele poderia ser totalmente diferente do que foi.
Depois de conviver com Henry, ele se torna um "monstro".
Essa citação do livro de Oscar Wilde,exemplifica bem inúmeras situações.



Lord Henry era um líder. Um líder que exercia influencia sobre Dorian.
Depois de todos esses fatos eu me levanto, e acredito que quem leia também, o seguinte questionamento:


Que tipo de influencia exercemos sobre os outros?


 F.F.Y.

domingo, 9 de setembro de 2012

Nostalgia e saudade, mas já passou... [2]


 


Engraçado como a nossa mente estando em um ócio momentâneo nos leva a lugares que a gente muitas vezes evita de chegar perto, e que às vezes não gostaria de sair. O mais engraçado é quando ela consegue chegar nos dois extremos ao mesmo tempo. Meio que muito paradoxal, mas acredito que isso já aconteceu com todos. Muitas vezes quando a gente ouve uma música, e algo dentro de nós não está nos conformes ideais. Mas quando percebo eu viajo pra aquela sala, distinta e simples. Ouvindo aquele jazz instrumental, e nós ali, no meio da sala, dançando abraçados. Engraçado como essa viajem no tempo nos domina por quase um segundo; por quase um segundo se sente o perfume, e as carícias nas costas e na cabeça os mais ínfimos detalhes, os sussurros, e como tu silenciosamente desabafava os teus problemas dançando comigo, esse ritual singular era apenas único. Coisas mínimas que passam desapercebidas para a maioria das pessoas. Mas dai a gente volta, e nada mais é como era, pois o passado e o presente se encontram e tudo que se sentiu e se sente se mistura, e tudo que fica agora é só aquela sensação de que sentir isso não é certo. E tu vê que as coisas tomaram outro rumo, pode não ter sido o que se queria, mas com certeza foi o melhor rumo que essa situação poderia tomar. E logo todos os sentimentos vem à tona e a sensação de que se lembrar disso não é certo toma conta de ti mais uma vez, e quando tu percebe, a musica já acabou, e isso já passou.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Mulheres, equações e matemática.



Mulheres são que nem hipóteses matemáticas, no final elas tem um resultado, tu até mesmo talvez saiba o resultado dessa equação ou tenha uma vaga ideia, mas questão é como chegar nessa solução e de qual possibilidade seria a melhor ?
Será que se eu simplificar por dois seria mais fácil? ou talvez se eu elevar os dois lados da igualdade ao quadrado tornaria a solução mais visível? talvez se eu colocar essa constante em evidência?! talvez trocando as variáveis de lado da igualdade, talvez....
Realmente as possibilidades são infinitas. Mas traçando um paralelo entre equações matemáticas e mulheres consegue se perceber uma grande similaridade.

Do mesmo jeito que as mulheres, cada mulher diferente, seria uma hipótese nova, cada uma, seria uma nova tentativa, para talvez um relacionamento, ou seja lá qual for o objetivo de cada um. O problema de ficar muito tempo na mesma equação, no mesmo problema por muito tempo, é que ele acaba desgastando. Muitas vezes a gente vê que essa equação não tem um resultado, maior parte das vezes se resume a um conjunto vazio, ou simplesmente não existe. A maior variável dessa questão é: quanto tempo a gente leva pra perceber que esse "problema"não tem solução?


Felipe Younan.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Desculpas ou perdão?

Certa vez um amigo me chamou a atenção sobre um detalhe que passa batido.
Uma coisa que todos nós pedimos quando vemos que pisamos na bola de forma feia, e não sabemos o que fazer. Para começo de conversa pedimos "desculpas"; mas quando esse meu amigo me chamou a atenção me fez pensar sobre o "pedir desculpas".

Mas antes de continuar, uma palavrinha dos nossos patrocinadores vamos definir:

Perdão
v.t. Conceder perdão, renunciar a punir; absolver.
Remição de uma falta ou ofensa.
Fórmula de polidez empregada quando se perturba alguém: (peço) perdão!


Agora fragmentando a palavra "desculpa" temos des-culpa.
Seria o ato de retirar a culpa de, mas só por isso será que quem pede des-culpa realmente sente-se culpado ou arrependido pelo que fez, ou apenas quer tirar aquela culpa que tem sobre si pra se sentir mais tranquilo?
Então quando é que pedir "desculpa" seria sincero  o suficiente para ser considerado perdão? Entendo que o perdão tem um impacto um tanto quanto forte, mas seria a única palavra que tenho para descrever esse sentimento. Como saber diferenciar quando uma pessoa realmente se arrepende de algo e quando ela simplesmente sabe que tem uma parcela de culpa, mas não dá a mínima?

Shakespeare disse:
"... nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém…
Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo."



Apesar que alguem certa vez alguem disse que a palavra culpa deveria ser excluída dos nossos dicionários e vocabulário; ao invés de sentirmos culpa deveríamos ser responsáveis pelas nossas falhas, e tomar como aprendizado para não errar novamente. Pois a culpa impede o crescimento pessoal. Já quando nos tornamos responsáveis por nossos atos e arcamos com todas as consequencias que eles geram, isso nos ajuda a crescer como pessoa. Isso caracteriza a maturidade?
 Mas isso já deixa de acontecer quando se deixa algumas falhas tomarem à frente, como o ego.


F.F.Y

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Nostalgia e saudade, mas já passou...


Engraçado como a nossa mente estando em um ócio momentâneo nos leva a lugares que a gente muitas vezes evita de chegar perto, e que às vezes não gostaria de sair. O mais engraçado é quando ela consegue chegar nos dois extremos ao mesmo tempo. Meio que muito paradoxal, mas acredito que isso já aconteceu com todos. Muitas vezes quando a gente ouve uma música, e algo dentro de nós não está nos conformes ideais, acabamos viajando para aquele mesmo sofá, naquela penumbrinha com apenas uma lâmpada acesa, com as mesmas músicas, e quando tu te lembra desses momentos, tu consegue ver nitidamente os detalhes, os olhares, os sorrisos, ouvir as risadas tímidas e bobas, das conversas e das piadas, dos silêncios. Coisas mínimas que passam desapercebidas para a maioria das pessoas. Mas dai a gente volta, e nada mais é como era, pois o passado e o presente se encontram e tudo que se sentiu e se sente se mistura, e tudo que fica agora é só aquela sensação de que sentir isso não é certo. E tu vê que as coisas tomaram outro rumo, pode não ter sido o que se queria, mas com certeza foi o melhor rumo que essa situação poderia tomar. E logo todos os sentimentos vem à tona e a sensação de que se lembrar disso não é certo toma conta de ti mais uma vez, e quando tu percebe, a musica já acabou, e isso já passou.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Quer um joelhaço!

Hoje enquanto prozeava com um amargo nas mãos me foi lembrada a boa e velha história do analista de Bagé, e me fez repensar sobre a minha teoria do abraço, que fiz algus posts atraz.

Relata o analista que:

"Se algum paciente vem com muita história, eu digo logo que lenga lenga é conversa de japonês. Gosto de ir direto ao caroço da questã. Foi por isso que desenvolvi a terapia do joelhaço. Sou FREUDIANO de carteirinha assinada. Mais ortodoxo que pijama listado. Mas gosto de experimentar, porque paciente que cai no meu pelego sai curado nem que ele morra. Eu já tava até os corno de tanta gente se queixando de ANGÚSTIA EXISTENCIAL, da INDIFERENÇA DO UNIVERSO, do TERROR DO INFINITO. Meu pai, o velho Adão, sempre dizia pra não me preocupa com o infinito porque o infinito ficava pra lá de Lavras. Em Bagé não tinha angustia existencial e como em Bagé nunca teve fresco... Fui me enchendo com aquela fileira de desocupado que só pensava no UNIVERSO, como se o universo fosse tudo. Um dia me entrou um índio com cara de quem preferia não ter nascido e eu não me segurei nas bombacha. FUI lá e lhe apliquei um joelhaço. Bem ali onde TUDO começava e TUDO se resolve. O índio velho se dobrou como um canivete. Levei ele pro pelego com jeito. Ofereci um mate. Ele disse: - Aahhnn.
Queria dizer não se moleste. Depois que conseguiu falar começou aquela cantilena, más chato que padre da colônia. Porque era a FINITUDE HUMANA, porque era o ABSURDO DA EXISTÊNCIA, porque era o VAZIO CÓSMICO, porque a terra NÃO VALIA NADA...
Aí eu entesei que nem seminarista no sábado.
- Peraí, ó bagual, tu tá falando da minha terra.
- Mas a terra é uma titica de galinha - disse ele.
- Titica é tu e galinha é a tua mãe - argumentei. - A terra é muito melhor que muito desses planetas que andam se rebolando por aí feito china de delegado. Marte é só pedra. Vênus é um lixo. Saturno tá mais cheio de gás que alemão no fim de kerb. A terra tem tudo que um cristão precisa: oxigênio, mulher ancuda, mogango com leite gordo...
Mas o índio não se CONVENCEU. Disse que sentia um aperto na garganta cada vez que pensava no INFINITO e que aquela era a pior sensação que um vivente podia SENTIR.
- É pior que fome, desgraçado? - Perguntei.
Ele pensou um pouco e disse:
- É.
Aí cheguei o banquinho pra perto e perguntei:
- É pior que JOELHAÇO?
Não era. A partir daí ele começou a PENSAR melhor nas coisas. Abandonou a angústia e decidiu aproveitar a vida..."

Então se tu estiver mal,eu te do um joelhaço ao invés de um abraço!

sábado, 21 de julho de 2012

See you in another life....



Desde de criança eu sempre ouvi do meu pai que tudo na vida tem uma começo, um meio e um fim. A vida me ensinou que por mais velho que estou, eu não passo de uma criança imatura. E que a vida pode ser comparada com uma estrada na qual todos caminhamos. Cada passo que se dá, percebemos que nada sabemos.
A vida é passageira, e ela tem muitas coisas a nos ensinar. Certas lições levam um certo tempo pra que nós possamos assimilar, e ver que certas coisas não nos servem mais. E que tudo na vida é uma questão de hábitos e de uma boa alimentação. Duas palavras que se encontram, hábitos e alimentação.
Acredito que a vida consiste em alimentar certos hábitos, por exemplo, não dizem que gentileza gera gentileza? Eu pelo menos gosto de acreditar nisso, que nossas ações podem acabar inspirando as pessoas, sei que muitas vezes não é o que acontece mas, né. Uma coisa que deveria ser alimentada, também, é a tal da mutualidade. Uma coisa simples, que no final, se torna mais edificante e muito mais motivadora que qualquer frase de impacto e/ou reflexiva.
Para quem não sabe:
"Mutualidade é uma coisa essencial. Quando algum laço se torna uma estrada de mão única, perde completamente o sentido. Independente do trabalho de se construir essa estrada."
Essa seria a minha forma de definir mutualidade.
Mutualidade é uma coisa um tanto complicada. Eu levei tempo para perceber a diferença entre mutualidade e alimentação. Estranho como a palavra "alimentação"  está aparecendo nesse post.
Uma coisa que eu vejo hoje ao meu redor são pessoas alimentando o tal do ego, ou pelo menos me usando me para alimentar o ego. Sim, ainda existem pessoas que cultivam muitas coisas das quais deveriam  ter deixado de lado lá pela puberdade. Honestamente, não sei ao certo se todas as pessoas hoje alimentam ele, ou se eu estou com os parâmetros errados para escolher as pessoas que vivem ao meu redor. Mas isso, são outros quinhentos.

Alimento, é aquilo que se dá ao ego.
Alimentadoras, são aquelas pessoas que usam o Alimento.
 
O que acontece é que as Alimentadoras dissimulam Mutualidade com Alimento. Fazem isso para poder suprir a insegurança e o vazio que existe lá dentro delas, o que eu lastimo é que fazem isso de forma errada. A tentativa de curar uma ferida estimulando ela, só faz as coisas ficarem piores para quem está machucado.

Foram necessários dois anos para que isso fosse percebido. Mas eu não fico triste.

O que começou da melhor forma possível, evoluiu de forma bela e se desenvolveu de forma magnífica. Mas o final... o final eu posso dizer que não foi dos melhores, mas foi, sim, dos mais harmoniosos. Tudo por que eu resolvi seguir um caminho pouco trilhado hoje em dia.

Robert Froster escreveu: 
  "Duas estradas divergiam num bosque, e eu segui pela menos usada. Isso fez toda a diferença."

Personalidade e "esse é o meu jeito de ser" são apenas desculpas para continuar falando e fazendo o quer quando quer sem ter consequências. Independente do esforço empregado certos laços não vão mais existir.
Se controlar os outros é fácil, por que o Auto controle se torna tão difícil? 
Esses anos que passamos não esqueci e nem vou esquecer. Muito pelo contrario, guardo esses anos e essas lembranças com muito carinho e apreço. E te agradeço, Flor.

Entenda que existe uma linha, ou se tu preferir um ponto. Quando se passa dessa linha, não há mais volta.
Mas depois de hoje, não vais mais ouvir falar de mim, nem ter noticias. nem me encontrar.